Maria Emília foi um presente que o Brasil nos ofereceu.
Nascida em São Paulo, filha de pai português e mãe brasileira, veio para o Norte de Portugal aos 7 anos e, na adolescência, mudou-se para Lisboa.
Ainda no Norte, começou a cantar em retiros de fado, até que chegou a Lisboa. Passou por várias casas de fado, gravou um disco e começou a atuar nos mais importantes palcos portugueses. Depois, partiu para o mundo e tornou- se uma das jovens fadistas a representar a nossa cultura a nível internacional.
O seu disco de estreia, Casa de Fado, foi amplamente elogiado pela crítica e pelo meio fadista, sendo considerado um dos álbuns mais brilhantes da década. Destacava-se pela matriz profundamente portuguesa com que abordava as canções — mesmo aquelas que não eram originalmente fado transformavam-se em tal. Pela forma intuitiva como
interpretava as melodias, Maria Emília conseguia converter canções em grandes fados e, ao mesmo tempo, elevar os grandes fados à categoria de grandes canções.
Hoje, apesar da juventude, já tem um currículo bastante representativo. Atuou nos mais importantes festivais e ciclos de fado nacionais, como o Caixa Alfama (Alfama) e o Há Fado no Cais (Centro Cultural de Belém). Mas levou também a sua voz além-fronteiras, apresentando-se em algumas das salas mais prestigiadas do circuito internacional das Músicas do Mundo.
Atualmente, é residente em algumas das mais importantes casas de fado de Lisboa, como a Maria da Mouraria, o Fado ao Carmo e o Corrido.
