Novo Single "Matas-me" editado brevemente.
Helder Moutinho lança em breve o seu mais recente single, “Matas-me”, um fado intenso com um poema de amor e paixão da autoria de João Monge e música de Manuel Paulo.
"Matas-me"
Dando continuidade à série de singles editados desde 2019, este tema será apresentado primeiro às rádios e nas redes sociais, seguindo depois para as plataformas de Streaming. “Matas-me” conta uma história de amor apaixonado e, tal como os restantes temas do disco, insere-se numa abordagem artística que alia a força da palavra ao poder emocional da música.
Uma das características deste novo trabalho é a versatilidade na captação e produção sonora. Cada tema foi gravado não só em estúdio, mas também em diferentes locais, criando ambiências únicas e texturas distintas. Este single, por exemplo, foi gravado na emblemática Maria da Mouraria, uma casa de fados em Lisboa. Durante a sessão, foram captados quatro takes, tendo sido selecionado o melhor para produção, com ajustes mínimos. O objetivo foi manter a essência do momento e evitar grandes edições.
Além de interpretar os temas, Helder Moutinho aceitou um desafio adicional: escrever pequenas crónicas inspiradas nos poemas de João Monge. Estas crónicas são publicadas no jornal Público, na Antena 1 Online e nas redes sociais do artista.
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Após a sua participação no projeto "Quinteto Lisboa", Helder Moutinho continuou a colaborar com João Monge, destacando-se em várias obras significativas. No álbum "1987", Helder interpretou quatro temas. Posteriormente, em "O Manual do Coração", gravou pela primeira vez todos os temas do disco, refletindo uma profunda conexão com as letras de Monge. Além disso, no espetáculo "A Voz e a Alma", ao lado de Maria João Luís, interpretou todos os temas em uma das várias peças teatrais escritas pelo poeta.
Na sua escrita, João Monge explora uma gama eclética de temas. Mesmo abordando o amor em todas as suas formas ou nas canções mais descritivas, a intervenção social é uma constante, sempre presente de forma construtiva. Este enfoque está alinhado com o que Helder Moutinho defende ao longo de sua carreira. O álbum oferece uma série de canções que nos convidam à reflexão sobre a vida, os seus valores e emoções, levando-nos a uma viagem imaginária onde saboreamos a liberdade e a paz, e refletimos sobre o nosso propósito neste mundo.
Em "O Manual do Coração", todos os poemas foram musicados por contemporâneos do poeta e do intérprete. No entanto, em "Os Dias da Liberdade", além desses compositores, incluíram-se também compositores de fados tradicionais. A nova poesia de João Monge integrou-se perfeitamente com essas melodias clássicas, resultando em uma fusão esplêndida. Inicialmente, houve discussões sobre ideologias e a construção de uma amizade e confiança que se fortaleceram nos discos anteriores. Seguiu-se a consolidação de valores mútuos e a seleção final das canções.
A produção do álbum adotou uma abordagem inovadora. A maior parte das faixas foi ensaiada e cantada ao vivo nas Casas de Fado onde Helder Moutinho atua, ou apresentada em diversos espetáculos durante esse período, até que alcançassem a forma, o tempo e o ritmo ideais. As gravações ocorreram em locais variados, como a Discoteca Lux, a Maria da Mouraria, a Tasca da Bela e nos Estúdios Namouche. Eric Harizanos da Antena 1 e Luís Ferreira dos Estúdios Namouche ficaram responsáveis pelas gravações, enquanto as misturas foram divididas entre António Pinheiro da Silva e Fernando Nunes.
Helder Moutinho é um dos fadistas mais carismáticos e genuínos da atualidade. Intérprete, compositor e poeta, é um profundo conhecedor dos segredos, códigos e mistérios deste género musical, com vinte e oito anos de carreira dedicados à herança recebida dos seus familiares e dos grandes mestres que marcaram a sua vida, tornando-o um fadista de culto. Com o seu quarto álbum, "1987", afirmou-se perante a crítica como um dos mais importantes intérpretes do novo século. Em 2016, lançou "O Manual do Coração", um álbum unanimemente elogiado pelos amantes do fado e pela crítica, que prevê em muitos destes novos fados... futuros fados tradicionais. Esta é outra maneira de dizer: herança recebida, herança (re)transmitida.
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